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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Procedimento de AMIU

Hoje estou um pouco melhor, emocionalmente falando, para falar sobre como foi o antes da minha AMIU, o durante e o depois.

AMIU é uma aspiração manual intrauterina, uma espécie de curetagem por aspiração. No entanto, ela se diferencia da curetagem tradicional, sendo menos agressiva e menos invasiva, além de minimizar as complicações posteriores a ela:

"(...) A AMIU é uma tecnologia inovadora e eficiente que consiste na aspiração do conteúdo uterino através de um aspirador à vácuo acoplado a cânulas de plástico semi-flexível de diferentes espessuras. A aspiração manual compreende um jogo de cânulas plásticas flexíveis de tamanhos que variam de 3 a 12mm de diâmetro, além de um jogo de dilatadores anatômicos nos mesmos diâmetros, seringas de vácuo com capacidade para 60ml e um jogo de adaptadores para conectar a cânula à seringa. Preferentemente, deve ser feita sob anestesia local (paracervical) ou outra anestesia. A técnica consiste em dilatar o colo uterino até que fique compatível com a idade gestacional. A Aspiração Manual Intra-Uterina consiste em introduzir uma cânula dentro do útero, na qual é conectada uma espécie de seringa de grandes porporções. Após isto, é feito o vácuo dentro da seringa e a seguir abre-se uma torneirinha (que fica na conexão com a cânula) por onde todo conteúdo intra-uterino é aspirado para a seringa, tomando-se o cuidado de verificar o momento correto do término do procedimento, ocasião esta em que se sente a aspereza das paredes uterinas, a formação de sangue espumoso e o enluvamento da cânula pelo útero, e em que as pacientes sob anestesia paracervical referem cólicas. A Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU) tem sido usada, como alternativa segura e eficaz à curetagem uterina (D&C). Permite a utilização instrumental de fácil manuseio e sua técnica é de simples execução. Outras vantagens do método são: a aceitabilidade por parte dos médicos, a satisfação das pacientes, o uso de anestésicos locais em substituição à anestesia geral e o tempo de recuperação da paciente (é mais curto). A AMIU reduz o risco de complicações durante o tratamento. As taxas de complicações são consideravelmente mais baixas para os procedimentos de Aspiração Manual Intra-Uterina, tanto elétrico quanto manual, do que para a curetagem uterina. As complicações mais frequentes são perfuração uterina, sangramento persistente e esvaziamento incompleto. As contra-indicações da Aspiração Manual Intra-Uterina são perfuração uterina, gravidez com mais de 12 semanas e dilatação cervical com mais de 12 mm." (Fonte: https://www.doctoralia.com.br/provamedica/esvaziamento+uterino+pos+abortamento+por+aspiracao+manual+intra-uterina+amiu-14226)
Conforme eu já relatei aqui nesta postagem A espera da despedida definitiva, fiquei uma semana esperando pela AMIU, que ocorreria no dia 15/02 ou antes, caso eu sangrasse.

Foi um Carnaval tenso e de muita preocupação porque eu tinha dois grandes medos em relação ao procedimento: medo de sentir as contrações que várias meninas me relataram que eram semelhantes a de um trabalho de parto normal e medo de expelir e ver o meu Renatinho. Eu sabia que vê-lo seria uma experiência ainda mais difícil de superar.

Com tanto medo, na sexta dia 09/02 eu mandei mensagem para o meu GO falando que eu não aguentava mais aquela espera e que eu queria fazer a AMIU naquele mesmo dia, pois eu sabia que havia como ele abrir o meu colo do útero com remédios. Então, minha querida amiga leitora, ele havia me explicado que não pode fazer a AMIU com o colo fechado porque poderia causa o rompimento do útero, o que, é claro, nem ele nem eu queríamos.

Ele me explicou que esse remédio existia sim (é claro), mas que ele me causaria cólicas que iriam doer muito (seriam aquelas contrações das quais eu morro de medo) e que o tempo de abertura do colo do útero variava muito de mulher para mulher. Explicou também que tinha uma paciente internada nessa situação desde a madrugada e que até aquele momento o colo dela ainda não tinha aberto (já era meio da tarde quando nos falamos). Me pediu para que eu ficasse calma, porque eu estava sofrendo muito e isso o deixava triste. Conversei com o meu marido e achamos melhor continuar esperando.

Perturbei muito o meu GO o Carnaval inteiro, porque eu tinha dúvida sobre tudo e medo também. Perguntei mais de uma vez se ele estaria aqui durante o Carnaval, para o caso de eu precisar ser internada. Ele sempre me pedia para ficar calma porque ele estaria aqui. Meu GO foi bem paciente e compreensivo comigo.

Os dias foram passando e o medo continuava, pois eu estava (e ainda estou) muito frágil. Saía pouco de casa porque tinha medo (essa palavra vai continuar se repetindo muitas vezes) de acelerar o processo e eu sangrar muito de repente e expelir o material na rua. Isso tudo porque li e ouvi muitas histórias diferentes, pois cada organismo reage de um jeito. Li que algumas meninas sangraram por bastante tempo e não expeliram; li que algumas sentiam a tal cólica bem forte e logo após expeliam; uma amiga me orientou a comprar aqueles potinhos de coleta de urina e soro, para poder armazenar o material sem perdê-lo, caso eu expelisse... Enfim, ouvi e li muita coisa que me deixou apreensiva sobre como seria. Nessas horas eu pensava que realmente a ignorância é uma virtude, nessas horas.

Na quarta-feira de cinzas eu acordei com uma borra marrom e cólicas muito fracas, quase imperceptíveis. Já me voltou todo aquele medo e comecei a tentar falar com o meu GO porque pensei "Vou começar a sangrar logo e vou expelir, então tenho que correr para o hospital." Nada de ele me atender, até porque devia estar dormindo, embora fosse umas 9h. Enquanto ele não me respondia, perguntei às meninas daquele grupo de whatsapp que tanto me ajuda e todas me disseram para eu ter calma e ir para a maternidade fazer uma ultra. No meio do caminho consegui falar com o meu GO e ele me orientou o mesmo, para saber se o colo do útero estava aberto ou fechado.

Quando consegui ser atendida (porque na maternidade em que eu vou, eu sempre demoro muito para ser atendida na emergência), expliquei a situação para a médica e que o meu GO precisava saber se o colo estava aberto ou fechado. Ela fez a ultra e me falou que pela ultra não dava para saber, mas o meu colo estava bem alto. Logo após sair, liguei para o meu GO e ele achou um absurdo porque ela deveria ter feito o exame de toque para examinar o meu colo do útero, pois somente esse exame responde a essa pergunta (sim, amigas leitoras, a médica deveria saber disso e deveria ter feito esse exame em mim, mas como eu não sabia disso, não exigi). Porém, pelo laudo  que eu mandei para ele, ele acreditava que o meu colo estava fechado porque estava muito alto e certamente eu ainda iria demorar para sangrar.

E volto eu para casa com aquele medo fora do normal, porque no dia seguinte seria dia útil e meu marido estaria trabalhando, ou seja, eu estaria SOZINHA em casa. E se eu sangrasse muito? E se eu expelisse o material? E se eu sentisse dores tão fortes a ponto de desmaiar? Como eu ainda teria que chamar um uber para ir para a maternidade e sozinha? Porque nessa situação eu nem podia dirigir, pois seria perigoso devido ao meu emocional tão abaldo. Nenhum vizinho sabia e eu não iria pedir ajuda a ninguém.

Para completar toda a minha saga, na madrugada da quarta-feira de cinzas para a quinta-feira, caiu um temporal aqui no Rio de Janeiro que foi o maior da década, salvo engano, e ficamos sem luz. Sim, fiquei em casa com toda aquela tensão sozinha e sem luz, sem nada para me distrair porque tinha que economizar a bateria do celular. Até o sinal do 3g estava ruim e eu mal conseguia falar com alguém; estava quase incomunicável.

Após o almoço, na qunta-feira dia 15/02, comecei a sangrar quando fui ao banheiro. Pronto, meu coração disparou e pensei "É hoje.". Escovei os dentes, me arrumei e pedi ao meu marido para chamar o uber para mim. Enquanto isso consegui falar com o meu GO e ele me orientou a ir à maternidade, relatar todo o ocorrido e dizer que era para me internarem porque à noite ele faria o procedimento; também falou que eu não podia mais comer nada até a cirurgia e só poderia beber água até às 16h. Eu mal consegui beber água com medo de fazer xixi e expelir meu Renatinho.

Cheguei cerca de umas 14h na maternidade e só fui atendida perto das 17h pela médica. Esse é o padrão dessa maternidade referência aqui no Rio. Eu estava tendo um aborto com sangramento e esperei 3h para ser atendida. Só pedia a Deus (apesar de estar de mal com Ele) para que eu não expelisse ali nem sentisse as tais cólicas.

Feita a ultra, vi meu bebezinho pela última vez. Tão lindo, tão bem fixado dentro da mamãe, mas já começando a ir embora. Por incrível que possa parecer, não chorei em nenhuma dessas ultras pós aborto, mas dava um aperto no coração ainda maior cada vez que a médica ligava o som e aquele som mais lindo do mundo não tocava.

A médica então ligou para o meu GO para confirmar sobre a internação, me deu o laudo e o papel para que eu me internasse e aguardei mais umas 2h até conseguir ir para um quarto. Em todos esses momentos de espera, até mesmo enquanto eu esperava a internação ser autorizada e aguardava o meu quarto, eu fiquei no mesmo ambiente que as grávidas ficavam e esperavam também uma internação, mas a delas era para dar à luz aos seus bebês. A minha internação era para "aspirar o material retido". E no caminho para o meu quarto, passei por todos os quartinhos com portas decoradas com enfeite dos bebês que estavam nascendo. Fiquei no mesmo andar que as mamães que estavam dando à luz. Isso tudo é muito desumano. Tudo no quarto fazia menção a bebês.

Enquanto eu esperava meu GO (eu sabia que ele só chegaria por volta das 24h), meu marido estava comigo. Ele conseguiu sair cedo para me acompanhar, sem precisar contar toda a verdade aos seus colegas de trabalho. A todo momento eu pensava nas tais cólicas e o sangramento aumentava, mas eu não sentia cólicas fortes. Então pensei que eu precisaria tomar o tal remédio para dilatar o útero e iria sofrer de dores. No entanto, nada disso aconteceu. Meu GO chegou, me deu uns papéis de internação para eu assinar e poucos minutos depois estava eu na sala de cirurgia, consciente e sem sentir dores. Na mesa de cirurgia ainda conversei bastante com ele e com a anestesista. E pasmem: meu GO me fez rir mais de uma vez, me deixando bem tranquila. Quando acordei, estava saindo de alguma sala e indo para o meu quarto, com o meu marido do meu lado. Não sentia nenhuma dor, apenas sono, por causa da anestesia geral.

Acordei por volta das 6h da manhã com muita fome e sem ter ideia de que hs iria comer algo e de quando seria a minha alta. Tomei café da manhã perto das 7h e antes das 9h tive alta. Meu GO tinha deixado a alta assinada e havia ido fazer cirurgia em outro hospital. Fiquei preocupada porque não tinha feito nenhuma das perguntas que eu havia separado para ele e sequer sabia sobre o repouso e a recuperação.

Felizmente eu quase não tinha sangramentos e nenhuma dor, apenas muito sono. Mas meu marido não podia ficar comigo direto porque precisava levar o "material" para os dois laboratórios para o exame do cariótipo (análise genética para verificar má formação) e para os exames histopatológico (para saber se a causa foi a trombofilia) e imuno-histoquímico (para saber se foram as células NK).

À noite conversei com o meu GO que me liberou para tudo (sem repouso absoluto ou relativo), mas sexo só com camisinha por enquanto; também me explicou que as cólicas seriam normais até 15 dias, assim como sangramentos. E após 15 dias eu voltaria nele para uma revisão.

Optei por fazer repouso absoluto na sexta e no sábado, e no domingo só saí de casa para almoçar fora.

Hoje, 6 dias após, tenho pouquíssimo sangramento, cólicas bem fracas e umas fisgadas dos ovários, sendo mais intensos do lado esquerdo não sei por que. Tomei AAS por 3 dias por orientação da minha hematologista devido ao meu tipo de trombofilia e nesses dias eu sangrei muito (sábado, domingo e segunda). Após conversar com uma amiga que já passou por isso e com o meu GO, suspendi o AAS e parei de sangrar naquela quantidade. Na terça à tarde eu parei de ter sangramentos e só voltei a ter na 4 à tarde, ou seja, numa frequência e com um fluxo muito menor; e tem sido assim até agora.

Pretendo voltar às minhas atividades físicas amanhã, sexta-feira, se eu não estiver sentindo cólicas, porque o meu medo agora é de ter complicações pela falta de repouso, já que alguns médicos pedem 15 ou 30 dias de repouso relativo. Porém, como o meu GO meu liberou, preciso confiar nele porque até hoje eu não tive motivo para desconfiar, além do fato de ele ser renomado na área.

Bom, resumindo: me desesperei à toa, me desgastei à toa. Deveria ter confiado no meu GO desde o início, quando ele falou que eu não iria expelir assim tão rápido devido ao tempo de gestação e pelo que as ultras indicavam. Não senti dor nenhuma além de cólicas muito fracas e nem precisei tomar Buscopan. A AMIU  é realmente tranquila.

A dor emocional persiste, é claro, mas virei a página e preciso me fortalecer emocionalmente e espiritualmente para voltar à minha vida normal. A preocupação atual é com o resultado dos exames, que só vai sair mês que vem.

Acabei fazendo um texto muito grande, mas eu precisava detalhar sobre como foi tudo, para evitar que mais meninas fiquem tão tensas como eu e para esclarecer que cada organismo é um organismo e reage de um jeito diferente.

Beijos no coração e me escrevam com perguntas, relatos...






segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Apresentação

Neste post vou me apresentar, mas vou contar a minha história com detalhes em outro post.

Tenho 37 anos, tento ser mãe desde 2015 e até hoje já sofri 1AE (aborto espontâneo), 2 gravidez que algumas pessoas consideram como químicas e estou passando pelo meu 1o AR (aborto retido), que descobri na ultra das 12 semanas; descobri que leu bebê parou de se desenvolver com 10 semanas. Daqui a 3 dias farei AMIU se eu não sangrar antes.

Sou portadora de trombofilia. Tenho a mutação do Polimorfismo PAI 4G-5G, tenho células NK alteradas, cardiolipina igm alterada e intolerância ao glúten (sim, intolerância ao glúten pode causar abortos).

Sei que são muitos problemas para uma pessoa só, mas eu não desisto do meu sonho. Vou enviar o material para análise porque tudo indica que tenha sido má formação, já que os meus exames e as minhas ultras não indicavam nenhum problema.

Após contarei tudo a vocês.

Beijos no coração.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

À espera da despedida definitiva

Hoje, dia 11/02/2018, estou numa situação que não desejo a ninguém: sei desde o dia 07/02/2018 que o meu bebê parou de se desenvolver, mas preciso esperar o meu colo do útero abrir para me submeter à AMIU. Meu GO vai me internar na 5a à noite para fazer p procedimento ou antes, caso eu tenha algum sangramento até lá.

Sabem, é uma situação muito estranha e dolorosa. Eu tenho o meu bebê aqui dentro de mim, porém ele não tem mais vida. Ao mesmo tempo que eu o quero para sempre comigo, eu sei que preciso virar a página para tentar descobrir o que aconteceu. Após o procedimento, meu bebê, meu Renatinho, vai ser chamado de "material" e será enviado para análise. E preciso torcer para que ele tenha má formação, pois só assim minha dor será um pouco menor e eu terei a certeza de que o meu tratamento estava dando certo. E preciso torcer também para a má formação seja decorrente da divisão celular e não tenha relação com a minha idade.

A dor da perda é indescritível e só quem passou pela mesma dor sabe como ela é. Só consigo dizer que dói muito.

Enquanto espero pelo sangramento ou pelo procedimento agendado, fica também a preocupação de não expelir meu bebê em casa e perder o "material" para análise. Não posso perdê-lo assim. Não iria conseguir me recuperar da imagem.

Quem me olha hoje não diz que estou grávida. Sim, oficialmente eu ainda estou grávida porque tenho um bebê aqui dentro. Porém minha barriga da qual eu já estava orgulhosa, murchou, meus seios pararam de doer e não sinto mais enjoos nem vontade louca de comer coisas salgadas.

Ontem refiz a ultra, na esperança de que um milagre tivesse ocorrido, mas eu estou numa fase em que eu acho que Deus esqueceu de mim. E ontem, para mim, foi a prova disso.

Em breve volto para contar sobre o procedimento ou sobre mais sentimentos.

Beijos no coração.

Empatia

"Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.

A capacidade de se colocar no lugar do outro, que se desenvolve através da empatia, ajuda a compreender melhor o comportamento em determinadas circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões." (fonte:www.significados.com.br/empatia/)


Se tem uma palavra que se destaca na dor, essa é a empatia. Por maior que seja a dor, quando temos pessoas com empatia e que se preocupam com a sua dor, ela fica menos pesada.

E no meio das mamães e tentantes com trombofilia, o que sobra é a empatia. Normalmente as experiências ruins e traumatizantes de perdas são partilhadas pela grande maioria e, quando uma sofre uma perda, as palavras de carinho e de conforto de quem passou por dor parecida caem como um abraço bem apertado e um carinho no coração.

Na minha última perda, só não me senti só no fundo do poço porque tenho um marido maravilhoso e porque conheço mulheres maravilhosas que não deixaram que eu me sentisse só, que vieram dividir suas experiências parecidas comigo e que me garantiram que a minha dor iria passar. Atualmente é difícil imaginar não sentir essa dor, mas já ouvi relatos de tantas perdas que hoje se transformaram em vitória, que no fundo eu acredito que o meu dia de vitória também irá chegar.

Sobre o meu marido maravilhoso vou me abster de falar em detalhes neste post (deixo para outro exclusivamente dedicado a ele), mas sobre essas mulheres maravilhosas eu preciso falar.

Não conheço nenhuma delas pessoalmente, mas isso não nos torna distantes, pelo contrário. Um grupo no WhatsApp nos mantêm unidas e, graças a elas, quando eu me sinto sozinha, alguma me manda mensagem para saber como estou, para me contar que já passou pela mesma situação x vezes e para me contar como foi. E, o mais importante, todas me entendem, ainda que não tenham passado por situação semelhante.

Não gosto de ver ninguém chorando, mas algumas choraram comigo e isso me deixou ainda mais emocionada. É incrível você ver uma empatia tão grande, tão sincera e tão profunda entre pessoas que na teoria seriam desconhecidas.  Hoje eu só consigo agradecer por tanto carinho recebido e espero um dia poder retribuir tanto sentimento bom que estou recebendo.

Desejo que o mundo seja mais repleto de empatia.
Beijos no coração.