Bom dia, meninas. Hoje vou falar sobre o que a gente sente depois que perdemos o nosso bebê. A tristeza é algo constante e isso eu acho que já é presumível que a gente sinta.
Nos primeiros dias eu não queria sair de casa porque me sentia com vergonha. Parecia que todos na rua sabiam da minha perda e eu sentia vergonha. Porém, só minhas amigas do WhatsApp e mais duas amigas da vida.
Quando eu conseguia sair de casa, ver as pessoas felizes me incomodava, principalmente ver grávidas. Não que eu deseje mal a ninguém. É como se isso tudo fosse um tapa na minha cara. Eu olhava e lamentava não estar mais grávida também. E lamentava não estar feliz.
Eu tinha uma vontade imensa de chorar quando saía na rua.
Precisei me afastar um pouco até do grupo do WhatsApp, pois ficar lendo sobre gravidez me fazia muito mal, embora eu torcesse por todas.
A gente sente um vazio e uma tristeza que não dá para explicar.
Eu só fui voltar a ficar menos triste duas semanas depois. Foi quando aceitei almoçar com uma amiga minha lá do grupo e depois almocei com outra que também sabia do ocorrido. Já conseguia falar sobre o assunto sem chorar. E isso era uma vitória para mim.
Voltar a fazer as minhas atividades físicas me fez muito bem, pois eu sentia muita falta. Estar com pessoas que te fazem bem e que não sabem de nada, é muito bom. Principalmente quando não rola o assunto filhos nem gravidez.
Minha preocupação atual é voltar a trabalhar. Vou encarar 11 pessoas que sabem de tudo e uma grávida com o mesmo tempo de gestação que eu estava. Vai ser muito duro e só de pensar nisso eu choro. Peço a Deus forças para encarar essa batalha.
Outro sentimento que eu tinha era medo de acordar sozinha. Na verdade, acordar era uma tristeza grande. Era como se ao dormir eu conseguisse ficar em paz, mas ao acordar eu percebia que a realidade não tinha mudado. Então eu tinha que acordar no mesmo horário que o meu marido ia trabalhar e ficava chorando depois que ele saía, porque a solidão doía.
Ao acordar eu tinha que recomeçar todo o meu trabalho e esforço para ficar bem.
Decidimos comprar uma cachorrinha, que foi quem me fez melhorar ainda mais. Atualmente ainda estou frágil, sensível, mas estou bem melhor que antes. Não sei como estarei semana que vem. Eu vou contar a vocês, podem deixar.
Bjs no coração.
terça-feira, 13 de março de 2018
quarta-feira, 7 de março de 2018
Resultados dos exames
Oi, meninas e desculpem sumir. A gente passa por muitos altos e baixos.
Enquanto os resultados não saiam, continuei perdida e buscando respostas.
Graças a Deus na semana passada saíram os resultados do cariótipo (na segunda-feira), do histopatológico e do imuno-histoquímico. O cariótipo indicou que meu bebê tinha trissomia do cromosso 18, ou seja, era portador da Síndrome de Edwards, incompatível com a vida. Chorei muito, mas fiquei aliviada porque a interrupção às 10 semanas significou um sofrimento menor para o meu bebê e para todos nós.
O histopatológico só acusou uma inflamação que, segundo o meu GO, é normal. Já estou tomando até antibiótico.
O imuno-histoquímico me deixou bastante preocupada, pois minhas células NK eram 50%. Fiquei muito preocupada, porque enquanto grávida eu tomei corticoide e intralipid. Não sabia o que mais seria possível para controlar. Embora eu saiba que a má formação tenha sido a causa determinante, mas até onde as células NK iriam atrapalhar a minha gestação e atacar o meu bebê? Minha imunologista me deixou tranquila, pois ela me explicou que as células NK aumentaram em virtude da má formação; já era o meu corpo querendo expulsar algo com problema. Só não dá para saber se meu bebê parou de evoluir por causa delas ou por causa da má formação.
O protocolo a seguir agora? Ainda não sei. Minha imunologista vai conversar com outro médico com quem ela trabalha (é um bem famoso e referência para nós).
Agora no próximo ciclo vou refazer hemograma e dosagem das células NK no sangue, e videohisteroscopia com biopsia do endometrio e com pesquisa das células NK tb.
Ainda falta a consulta com a hematologista, mas acredito que ela não tenha novidades para mim. Se tiver, posto aqui.
Bjs no coração!
Enquanto os resultados não saiam, continuei perdida e buscando respostas.
Graças a Deus na semana passada saíram os resultados do cariótipo (na segunda-feira), do histopatológico e do imuno-histoquímico. O cariótipo indicou que meu bebê tinha trissomia do cromosso 18, ou seja, era portador da Síndrome de Edwards, incompatível com a vida. Chorei muito, mas fiquei aliviada porque a interrupção às 10 semanas significou um sofrimento menor para o meu bebê e para todos nós.
O histopatológico só acusou uma inflamação que, segundo o meu GO, é normal. Já estou tomando até antibiótico.
O imuno-histoquímico me deixou bastante preocupada, pois minhas células NK eram 50%. Fiquei muito preocupada, porque enquanto grávida eu tomei corticoide e intralipid. Não sabia o que mais seria possível para controlar. Embora eu saiba que a má formação tenha sido a causa determinante, mas até onde as células NK iriam atrapalhar a minha gestação e atacar o meu bebê? Minha imunologista me deixou tranquila, pois ela me explicou que as células NK aumentaram em virtude da má formação; já era o meu corpo querendo expulsar algo com problema. Só não dá para saber se meu bebê parou de evoluir por causa delas ou por causa da má formação.
O protocolo a seguir agora? Ainda não sei. Minha imunologista vai conversar com outro médico com quem ela trabalha (é um bem famoso e referência para nós).
Agora no próximo ciclo vou refazer hemograma e dosagem das células NK no sangue, e videohisteroscopia com biopsia do endometrio e com pesquisa das células NK tb.
Ainda falta a consulta com a hematologista, mas acredito que ela não tenha novidades para mim. Se tiver, posto aqui.
Bjs no coração!
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